quarta-feira, maio 12, 2010

agonia.
me lembrar daquelas ruas vazias e chuvosas de fim de tarde, e me ver parada ali evitando o inevitavel, com medo da rotina que me engolia cada vez mais.
agonia.
cada vez mais perdi minhas palavras, e não encontro; me perco dentro de mim, me afogo ao expulsar lagrimas. talvez sem querer.
me vejo correr do medo, me vejo no escuro como desculpa para fexar meus olhos. me sinto loucamente lúcida, como alguém completa e incomparávelmente errada, acreditando concretamente em um erro banal.
me sinto lúcida, loucamente acreditando em mentiras resguardadas para um tempo certo. me vejo em apuros, sem ter pra onde correr. sem querer correr.

agonia.
tento esquecer, tento parar mais uma vez ali ao final da rua para esperar o que eu gostaria que viesse.
e agora onde estou eu? parada em qualquer lugar, perdida entre quaisquer palavras. esperando. aquela sensação que me cobre os olhos e me faz dizer 'estou viva!'
agonia.
enquanto isso me afundo, e desesperandamente eu me cubro com a certeza que sentir vem além da loucura ...

sábado, novembro 14, 2009

impulso?

meio sem atenção quem sabe, mais acho que meu problema seria mais nada a não ser esse mesmo. e qual seria?
seria apenas alguma forma de culpar alguma coisa não existente pra meu próprio conforto e conformismo sobre eu não estar errada.
e que mal há nisso?
em estar errada eu não sei. mas em entender cada vez menos qualquer palavra que dito é completamente desconfortante, o que acho que tá me desnorteando.
e quantas vezes não soubera falar era o que me intrigava, e agora acho que talvez saberia se não fosse eu que prendesse e engolisse silaba por silaba, até não me entender mais.
e o que eu to fazendo agora, é nada mais do que várias linhas que pra mim não tem nexo nenhum.
minhas divisões estão claras porém eu não as vejo, me sinto só, mas sei que não to, sei que isso seria impossível; e logo penso 'por que?' e tudo que havia pensado pra me defender de qualquer coisa que seja, que os outros costumam chamar de depressão (não gosto de dizer assim), tudo vai embora, tudo me deixa, e eu acabo sem entender, sem prestar atenção: como agora.
não sei o inicio do texto.
e foda-se, a cada palavra é como se fosse um alívio que me dissesse cada vez mais que eu não poderia contar com ninguém, e que o dono dos meus mais profundos segredos sou eu mesma, sem divisões, sem compartilhar, sem criar laços com ninguém
e eu estaria o que, doente?
ah por favor, não tenho tempo pra isso. minha cabeça trabalha vinte e cinco horas com o fardo de organizar palavras, o que tem sido em vão.
preciso achar erros, erros que não me doam tanto de primeira, erros que não me contradigam. mais o que?! isso não existe, eu sou contradição de corpo e alma! dá pra entender?
eu não entendo.
cada desabafo soa como..

não entendo mais.

e deixe o tempo passar, deixa seguir.
acabei no fundo sem entender, juro. não por que quero... mais não sei. devo ter medo, não me acho.
compreendem?

sábado, outubro 03, 2009

nothing

por mais que o tempo passe, eu acredito que as marcas insistem em doer. acontece que a cada proposta, o que iria ser dito acaba se perdendo.
cada cicatriz , cada marca, cada lembrança fica com um pedaço de seus corações, e acredito que dificilmente conseguiriamos disfarçar a possivel falta deles.
e quando tivermos a impressão de só faltar um único pedaço, e sem saber... disperdiçá-lo completamente entregando-o a alguém. o que fariamos?

sábado, setembro 19, 2009

esconder de mim mesma o que eu deveria dizer em voz alta. pensar em não acreditar na realidade, já perto de mais de mim, me fez cega. imaginar poder ter feito tudo diferente e não correr riscos, agora pode ser horrivel. e dopois? quem dirá depois?
todos os sorrisos desperdiçados por indecisões, tudo construido sem muitas bases, se fortificando a ponto de não ter muito onde se apoiar.
reconstruir.
começar de baixo, segurar tudo na ponta de alguns dedos e fazer algo melhorar. e o que seria? sem dores, sem valores: um caminho fácil para encurtar histórias.
e eu?
só de pensar naquele tempo, meu coração dói.
sentir perder, ouvir, ver. e por onde começar? seja lá o que for... vai me doer no caminho, vão me custar lágrimas talvez.
começar por onde a realidade fala mais alto, por ser racional.
e depois? quem dirá...

sexta-feira, setembro 18, 2009

''Sempre que penso naquele tempo, meu coração doi.''- Nana
como se cada dia que viesse, não fosse suficiente pra tentar mudar.
e como se cada tentativa, me deixasse sem mais vontade.
talvez como se eu desistisse sem saber, de pouco a pouco, acreditando que fiz a diferença. por mim.
e eu que tanto peço sinceridade
é como se mentisse pra mim mesma.

(postagem antiga, inicio de 2009)

quinta-feira, setembro 17, 2009

tudo que sempre foi igual agora parece banal, parece fugir à uma espectativa instável, com aquele meu concretismo fingido, como uma consequencia de uma mania de defesa, isso pra não falar: medo. como se não pudesse olhar pra trás e de uma hora pra outra tudo que digo passa a ser sem nexo, como se minha arrogancia tivesse me deixado aqui, sem me dizer como voltar.
nada vai me fazer sorrir, se não eu mesma. nada me fará enchergar, se não eu mesma. mas por hora nada me faz sentido, a não ser a certeza de mais outro dia.
e agora, tragam-me o horizonte.